Então lágrimas percorrem minha face,consumindo cada coisa boa que guardei em mim,durante aquele tempo em que te tive do meu lado,e pude causar seus sorrisos mais sinceros.Agora elas escorrem feito a chuva,do outro lado da janela.Corroem à mim feito ácido em contato com o ferro,deixando enferrujado por onde ele passa,deixando marcas que nunca serão apagadas.
E sufoco cada grito,cada palavra que quero dizer,pra não ter que olhar em teus olhos e sentir o prazer de me negar um pouco daquele amor que um dia me foi dado.
Aquele teu prazer ao meu sofrer,teu riso não contido quando vê meu pobre coração angustiado e ferido,jogado às traças,aquilo corrói,e percorre meu corpo,como o sangue pelas veias,levando veneno à cada batida do coração.
Então deixou de sentir,deixei de sentir tudo o que sentia.Deixei de viver tudo aquilo que vivia,suas antigas memórias,que vinham à porta todas as vezes que eu estava prestes a te esquecer.Parece que nem o tempo,aquele desgraçado,queria me deixar viver em paz,ou talvez morrer em paz.
Parecia que tudo estava contra mim,ou à favor do meu fim,tanto faz agora.Não importava muito quando,nem de que forma isso aconteceria,pois eu aguardava ansiosa cada segundo,que isso acontecesse de forma rápida,de modo à sufocar de uma vez por todas meus gritos não dados,palavras não cuspidas,e sentimento não correspondido.
Mas até aquele maldito tempo quis me fazer esperar,talvez dar um tempo fosse o que eu precisava,pra querer mais ainda que o fim chegasse e eu tivesse um pouco de paz.Ele sufocou finalmente,cada angústia que guardei,mas o tempo só me enganou,e estou aqui novamente,contendo o ácido pelo qual quase todo meu coração se deixou corroer.
Gostaria de esclarecer que este texto não é nada pessoal,é apenas um texto inspirado em algumas letras de músicas que falam sobre o sofrimento de um amor não correspondido.
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