segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não era amor,era ficção.


Como um cristal,ele se partiu.
Tão frágil,tão vulnerável,se quebrou.
E não há formas de se juntarem todos os pedaços,e reconstruí-lo.
E então,o que você faz quando nada pode mudar o que aconteceu?
Qual é a solução quando,você quebrou algo que não tinha como calcular seu valor?
Então recolho os cacos que restaram no chão.
Então me olho no espelho,esperando me reconhecer,mas não.
Nada do que tenho aqui é como antes,não mais.
Eu pedi que você me segurasse,que não me deixasse cair nesse abismo de novo.
Mas eu caí,e por você.
Esperei então,que sua mão aparecesse,me oferecendo ajuda.
Eu tive medo do escuro,eu tive frio,você sabia?
Você sabe o que é cair num abismo,ser empurrado pra baixo,cada vez mais,e esperar alguém que te ajudasse,mas ninguém apareceu?
Sabe o que é a dor da solidão,quando não deveria se sentir assim?
Não,porque você nunca sentiu isso.
Não quando seu telefone tocava,e você não desejava atender.
Não quando uma mensagem chegava,e você fingia não ler.
Não quando dois braços se cruzavam para te proteger do frio,e você nem para retribuir o calor.
O calor.
Eles vinham de mim,e vinham de você.
Eu até me senti aquecida por um tempo,achava que era amor.
Mas as suas mentiras é que me aqueceram,pra que eu não soubesse o quanto eram frios os seus braços.
E o que restaram foram os ossos,daquele amor que me consumiu por inteiro.
Até que me matou.
O que restou foram as manchas de sangue nos lençóis velhos,o que restou foram várias costelas quebradas e um coração que parou de bater,parou de pulsar,parou de viver.Matou o amor.
Você o matou,sem dó,nem piedade.
Aliás,todo o tempo teve dó de mim,me escondeu a verdade.
Escondeu a verdade em seus braços,em seus olhos,em seus beijos.
Deixou que eu acreditasse na nossa história,mas era uma história de ficção,não de amor.
Ficção que eu acreditei tão veemente,que me deixei morrer,ser morta.
Deixei que você me afundasse naquele poço de mentiras,de mágoas.
Você nunca soube o que é sofrer por amor,sofrer por amar alguém tanto tanto tanto,que seria capaz de se deixar afundar num abismo por ele.
Você nunca soube o que era sentir a falta de alguém durante a noite,ou de um beijo,de um abraço.
Porque eu estava ali,sempre.
Mas eu sentia sua ausência,mesmo na sua presença.
Eu sentia você me olhar nos olhos,mas não era à mim que você buscava.
Sentia durante as noites,uma dor profunda no coração me fazer gritar,queria você comigo,mas não sentia nenhum som se formando.
Nada.
Nenhum som.Nenhum abraço.Nenhuma palavra.
Só o vazio.
E é assim que eu fico.
Depois que o cristal se quebrou,depois que você me deixou.
Depois que você disse,que sempre me amou.

2 Comentários:

Alana Bonamigo disse...

UUUUUUUUUAUL,
mmmmt perfeito, sério, sem palavras, amei demais.
Voce escreve mt bem, parabéns.
;*

Kay disse...

Sem palavras pra comentar... muito bom...

Parabéns...

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