terça-feira, 15 de dezembro de 2009


Minha boca têm apelo por mais um pouco do seu gosto.
Meus braços têm ausência pela falta do seu calor junto ao meu corpo.
A chuva caí lá fora e eu sinto como se chovesse na verdade,aqui dentro.
E chovem memórias,chovem lágrimas,chovem lembranças,chovem lágrimas,chovem saudades,restam lágrimas,resta o vazio.
E então a garganta dá um nó,daqueles bem dados,que é pra não sair nenhuma voz,nenhum som.Só pra me calar,pra que eu talvez desista de dizer tantas asneiras só pra te ver ralhar comigo,rir de mim.
Porque talvez seja só dessa forma,que eu possa sentir que você ainda se importa comigo,nem que seja só por um segundo.
E minhas mãos geladas permanecem tão inquietas,como se procurassem por algo que lhe está faltando.E na verdade,está sim.Faltam suas mãos junto das minhas,me aquecendo,me acariciando.Agora só estão se esquecendo,de como era bom o calor das nossas mãos juntas.
E então pego um chicletes,o de menta que é meu sabor preferido.Porque minha boca seca,pedindo um pouco da sua saliva,do seu gosto.Eu já não posso mais sentir,então mascaro com qualquer outro sabor que me distraia daquilo que eu nunca mais vou sentir.
Minha língua arde quando lembro do gosto do seu beijo.
Minhas narinas ardem quando lembro do cheiro gostoso do perfume no seu pescoço.
Ah,aqueles dedos que tiravam o cabelo do meu rosto,aquele toque suave,aquele toque caloroso,hoje não sinto mais.
Sinto apenas o frio do vento batendo em meu rosto,o ácido das lágrimas ao percorrê-lo,e aqueles dedos hoje não acariciam mais à mim.

Nenhum Comentário

Postar um comentário