quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O amor queimou.


E então  comprimiu-se.Cada vez mais,até que não restou-lhe ar algum.Então sente-se sufocar,amargurado coração que não possui forças para lutar.
E então some-lhe a voz,e a lágrima escorre,percorre todo seu rosto até que toca seus lábios,antes doces,hoje amargurados.
Então chora pobre coração,sufoca pobre coração,morre pobre coração.
Ele se foi,e não há chances de retornar.A porta se fechou,e não vai tornar a deparar-se com aquele sorriso,que um dia fez-lhe o coração disparar.
A garganta dá um nó,teu quarto fica só o pó.Faz dias que nem se move,faz dias que nem dorme,teus olhos sentem o cansaço de chorar lágrimas intermináveis,pobre coração machucado.
Então deita-se,revira-se,e torna a cobrir-se com o lençol fino,que deixa a claridade bater em sua pele.Mas a luz não lhe incomoda,na verdade ela nem percebe,já que não pode sentir o calor sob sua pele.
O amor queimou,o amor a deixou insensível,o amor a matou.
Seca,queima,arde,escarna,sangra,rasga,chora,amargura,fere,corta,retalha,quebra,magoa,machuca,decepciona,entristece,esquece,chora,chora,chora.
É só isso que vem-lhe à cabeça,e é a vontade de gritar que mantém-na viva,mas a voz,ela também se foi.E a força,essa deixou-a ali,à beira morte,à sua própria sorte.

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