quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Apenas uma faísca



Um cigarro no fim,e sua ponta sendo consumida pelo fogo,até que não resta-lhe nada além do filtro.
É assim que o amor se consome.
Ele precisa de uma faísca para que comece a queimar,assim como o cigarro.
Então ele queima,e vai queimando até que o fumante o pare de tragar,ou o amante pare de amar.
Então ele traga pela última vez,até que não lhe reste nada além do gosto do fim do cigarro.
Gosto do fim.
Primeiro o amor se consome em pólvora e fogo.Em chamas tão crepitantes quanto instáveis.
Então ele vai sendo consumido.
Primeiro se ama de maneira deprimente,daquela forma em que o amante pensa que aquele será o amor do resto de sua vida.
Depois o amor se consome em brigas,em medos e em segredos que o fazem queimar mais um pouco.
Primeiro um trago,depois outro,e então o amor chega ao fim,morre.
E depois do fim,o que resta do amor é apenas o gosto das lágrimas,o gosto da dor,o desespero e talvez até mesmo o ódio da lembrança.
Então,depois do fim do amor,o coração se apaga até que outra faísca o acenda e comece tudo novamente.

2 Comentários:

Lucas aka disse...

caio fernando abreu manda beijos de garganta queimada

N. disse...

NOOOSAAA Guria vc expressou todo o meu intenso 5 minutos que fumo *.* adorei

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