terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Minha única companhia;


Me agarrei ao silêncio que,nos últimos tempos era a minha única companhia.Parecia que apenas assim,meus medos tolos conseguiam me deixar em paz.
Havia muito tempo que eu não sabia o que era sentir o calor dos abraços de alguém.Nem ao menos conseguia dormir sem passar noites em claro chorando por um vazio enorme que me consumia o peito e me matava a cada dia.
Aquele vazio que dóia tanto,que eu me contorcia para talvez aliviar um pouco daquilo que guardava no peito.
Saudade?Não sei dizer,mas acho que era solidão.A saudade dói por um tempo,mas ao menos ela um dia foi boa,porque foi bom aquilo que hoje faz falta.A solidão machuca à tal ponto,que nenhuma dor é tão insuportável,e nada é tão vazio,quando se sente só.
E não importa entre quantos milhões de pessoas você está,a solidão não é bem um estado físico,é um estado emocional.É se sentir só,mesmo quando se tem alguém ao seu lado.
Não sei dizer o porque a solidão me consome dessa forma.E nem sei explicar quando foi que me senti assim.Mas a sensação de que algo me falta para que eu possa então,finalmente me sentir completa,não passa quando a noite termina,e nem ao menos ameniza quando o dia começa e eu tenho algo com que ocupar minha mente.
Eu apenas queria não me apegar tanto ao silêncio.Queria poder ter uma voz para me acalmar quando os dias forem difíceis demais para que eu os suporte sozinha.E ter braços que me protegam da crueldade do mundo quando ele fizer com que eu derrame uma lágrima.
Apenas queria não ter que ficar sonhando com abraços calorosos,e beijos doces,pois o vazio dói,e a dor não quer passar.
Queria não ter então que suportar essa dor sozinha,ou ao menos poder amenizá-la com um pouco de companhia que não fosse a solidão.

1 Comentário:

Nathalia disse...

Lindo Nanda! *-*

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