quarta-feira, 2 de junho de 2010

A saudade

A saudade não me deixa em paz nem por um segundo.
Ela consegue consumir todo e qualquer tempo que tenho livre pra pensar em mim.
Gosta do fato de ter lágrimas percorrendo o meu rosto,porque não consegui me acostumar com o fato de não sentir mais o gosto salgado delas tocando meus lábios.
Ao menos o motivo agora é uma dor,que não machuca tanto assim.E não machuca tanto porque,é uma dor passageira,que encontrei um remédio para curá-la quando insuportável.
É uma dor que posso satisfazer com apenas a presença,quando a ausência torna a chamá-la pra mim.
Aperta o peito,mas não o sufoca,não o mata.Talvez um dia consiga matá-lo caso eu não consiga suprir a necessidade da presença,mas aí já não será saudade,será tristeza.
Mas o bom da dor da saudade,é que ela passa,e passa como se eu nunca tivesse a sentido antes.
Porque ela me faz chorar,e no momento seguinte me faz rir.
Me faz rir sem o peso do riso triste,do riso pra disfarçar a tristeza dentro de mim.
É um riso costumeiro,como de quem canta alegremente pela rua depois de ver o passarinho azul,que todo mundo vê quando está feliz.
E o melhor,eu mato a saudade.E mato ela com a presença que me traz o alívio pra dor.

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