terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Old habbits die hard


Aquele velho hábito de olhar antigas fotos e chorar antigas dores. É aquele velho costume que tenho o hábito de manter vivo, enquanto continuo matando em mim o pouco que sobreviveu à você e à toda dor que me causou.
É aquela mania, que é quase um TOC, de não desatar esses antigos laços porque tenho medo do novo.
Tudo o que é novo sempre chega acompanhado do vazio, do escuro, do desconhecido. Eu não me sinto confortável quando não sei o que esperar, mas também não me sinto bem agora.
Por mais cômodo que seja, manter certos laços não valem a dor que eles causam. 
Preciso reaprender a viver o novo, encarar meus medos e enfrentar o desconhecido, ou vou viver tentando reatar laços que se perderam há muito tempo e só eu não quis perceber.
Eu fico remendando sentimentos, remendando meu coração e enxugando as lágrimas porque quero evitar sentir que estou fazendo tudo errado. Porque eu não quero ter que desatar de uma vez por todas. Porque é mais fácil remoer uma mágoa antiga do que superar uma mágoa nova.
Eu fico sempre optando pelo fácil e me esqueço que também é o mais doloroso. É mais fácil conviver com uma dor antiga do que seguir em frente e encarar o novo, mas nem tudo o que é fácil é o melhor.
Eu decidi então desatar esse laço nosso, esquecer aquele nosso beijo que selou o nosso último encontro. Porque será a última vez que me lamento por uma dor antiga, de um amor antigo, por uma mágoa antiga.
Eu quero poder sentir de novo, sentir o novo. Eu preciso de um novo beijo, um novo sorriso para o qual sentir vontade de sorrir de volta. Eu preciso de novos hábitos, e esses novos hábitos não incluem velhos laços.